Artur Barrio leva o Brasil à 54ª edição internacional da mostra centenária
A 54ª edição da Bienal Internacional de Arte de Veneza tem sua inauguração, para convidados, nesta quarta-feira (1º) e será aberta à visitação a partir deste sábado (dia 4). Sob o título original ILLUMInazioni (em italiano), remete a um jogo de palavras, trata-se de luz, mas também de nações. Esta edição – que para nós leva o título de Iluminações - tem curadoria suíça Bice Curiger e ficará aberta a visitações até o dia 27 de novembro.
Foram selecionados 82 artistas, uma leva de nomes significativos para o circuito internacional, com destaque para Maurizio Cattelan, Philippe Parreno, Pipilotti Rist, Cindy Sherman, Llyn Foulkes, Jack Goldstein e Luigi Ghirri. Bice também joga luz à história, trazendo para esta edição da Bienal a presença do pintor veneziano Jacopo Tintoretto (1518-1594). Especialmente convidados pela curadora, os artistas Monika Sosnowska, Franz West, Song Dong e Oscar Tuazon foram encarregados de criar obras especialmente para a mostra.
Em meio a tantos nomes importantes das artes plásticas, um português radicado no Brasil desde 1955 leva o nome do Brasil neste evento centenário, mesmo não tendo entrado na seleção principal, aliás nenhum brasileiro entrou. Trata-se de Artur Barrio que ocupa o Pavilhão Brasil com a instalação inédita (Ex) Tensões y Pontos e com seleção de obras históricas. Por uma convenção antiga, o artista foi selecionado pela Fundação Bienal de São Paulo, mais precisamente por Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias, ambos curadores da 29ª Bienal de São Paulo.
Para o crítico e curador Paulo Venâncio Filho, a arte brasileira tornou-se praticamente obrigatória em bienais e exposições coletivas no mundo e declara que Barrio é um grande artista, mesmo antes de qualquer premiação, referindo-se ao Prêmio Velázquez de Arte, concedido ao artista pelo Governo da Espanha, no início de maio deste ano.
“Achamos importante que, numa plataforma tão privilegiada como Veneza, o representante brasileiro pusesse um pouco em questão, com uma obra ruidosa e desconcertante, a visão bem-comportada que se possui hoje, hegemonicamente, do que é a arte contemporânea brasileira e, por extensão, do que é hoje o Brasil”, declara Moacir dos Anjos sobre a escolha pelo artista.
Da geração dos anos 60, Barrio vem de uma vertente política e conceitual. Em 1969, o artista criou as obras da série Situações, em que realizava intervenções em espaços urbanos e outros locais com carne podre, papel higiênico e dejetos humanos. Algumas imagens e registros desta série também estarão presentes no Pavilhão Brasil apresentando o trabalho performático, histórico e contundente de Barrio.
Nesta edição - regida sob a escassez de brasileiros - nacionais como Neville d`Almeida e Rivane Neuenschwander figuram nas poucas mostras paralelas de Veneza. Pode-se dizer que a 54ª edição da Bienal de Veneza será predominantemente representada por artistas europeus e americanos, ou mesmo europeus que vivem na América.
Para saber mais, clique aqui.
A 54ª edição da Bienal Internacional de Arte de Veneza tem sua inauguração, para convidados, nesta quarta-feira (1º) e será aberta à visitação a partir deste sábado (dia 4). Sob o título original ILLUMInazioni (em italiano), remete a um jogo de palavras, trata-se de luz, mas também de nações. Esta edição – que para nós leva o título de Iluminações - tem curadoria suíça Bice Curiger e ficará aberta a visitações até o dia 27 de novembro.
Foram selecionados 82 artistas, uma leva de nomes significativos para o circuito internacional, com destaque para Maurizio Cattelan, Philippe Parreno, Pipilotti Rist, Cindy Sherman, Llyn Foulkes, Jack Goldstein e Luigi Ghirri. Bice também joga luz à história, trazendo para esta edição da Bienal a presença do pintor veneziano Jacopo Tintoretto (1518-1594). Especialmente convidados pela curadora, os artistas Monika Sosnowska, Franz West, Song Dong e Oscar Tuazon foram encarregados de criar obras especialmente para a mostra.
Em meio a tantos nomes importantes das artes plásticas, um português radicado no Brasil desde 1955 leva o nome do Brasil neste evento centenário, mesmo não tendo entrado na seleção principal, aliás nenhum brasileiro entrou. Trata-se de Artur Barrio que ocupa o Pavilhão Brasil com a instalação inédita (Ex) Tensões y Pontos e com seleção de obras históricas. Por uma convenção antiga, o artista foi selecionado pela Fundação Bienal de São Paulo, mais precisamente por Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias, ambos curadores da 29ª Bienal de São Paulo.
Para o crítico e curador Paulo Venâncio Filho, a arte brasileira tornou-se praticamente obrigatória em bienais e exposições coletivas no mundo e declara que Barrio é um grande artista, mesmo antes de qualquer premiação, referindo-se ao Prêmio Velázquez de Arte, concedido ao artista pelo Governo da Espanha, no início de maio deste ano.
“Achamos importante que, numa plataforma tão privilegiada como Veneza, o representante brasileiro pusesse um pouco em questão, com uma obra ruidosa e desconcertante, a visão bem-comportada que se possui hoje, hegemonicamente, do que é a arte contemporânea brasileira e, por extensão, do que é hoje o Brasil”, declara Moacir dos Anjos sobre a escolha pelo artista.
Da geração dos anos 60, Barrio vem de uma vertente política e conceitual. Em 1969, o artista criou as obras da série Situações, em que realizava intervenções em espaços urbanos e outros locais com carne podre, papel higiênico e dejetos humanos. Algumas imagens e registros desta série também estarão presentes no Pavilhão Brasil apresentando o trabalho performático, histórico e contundente de Barrio.
Nesta edição - regida sob a escassez de brasileiros - nacionais como Neville d`Almeida e Rivane Neuenschwander figuram nas poucas mostras paralelas de Veneza. Pode-se dizer que a 54ª edição da Bienal de Veneza será predominantemente representada por artistas europeus e americanos, ou mesmo europeus que vivem na América.
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