quinta-feira, 13 de agosto de 2009

ESCULTURA SEM TÍTULO 5 - fluxos

Gostaria muito de entender o por quê da aspereza com que as folhas secas têm caído sobre o lençol e o tem feito perder a delicadeza azul que escorre na água em busca do esgoto me explica aquela música que eu tanto ouço sair da parede ao lado e que demora a cessar seu toque pesa sobre a flor que exala aquele cheiro que não dá para dizer o que é apenas não se dilui pelo corredor barulhento e vazio do lugar colorido com giz de cera. Sente o que sinto? São elas que se aproximam eu sinto o cheiro doce que me toma mas não sei de onde vem tanta singeleza quando o casamento não mais escapa do inverno que se principia e traz à tona todo o gosto vermelho das cerejas e que impressionam pelo formato arredondado e quase perfeito dos verbos intransitivos da nostalgia do presente que é preciso dizer sem medo que as verdadeiras cerejas não resistiram ao tempo ou simplesmente não eram cerejas

Autoria: Everson Bertucci

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